Recomeçar

Olhei para o vestido e gostei. Quando gosto muito, sinto em mim, aquele olhar "de novo começo", depois de muitos olhares "eu não mereço ". Sinto ficar com olho brilhante de menina mulher, um sorriso que abraça, uma combinação ideal para momentos mágicos!

Ser mãe não pode impedir-me, que eu goste de ser desejada...mas com o tempo convenci-me disso!

O vestido faz esquecer as vezes, em que pensei não ser desejável. O salto alto eleva a minha autoestima, ao ponto de não ligar às dores que me causam nos pés e nas pernas...é o que faz andar sempre de calçado "confortável" tipo mamã!

O salto alto faz-me dominar de cima, deixando para trás o dia a dia, em que me resumo a ser mãe.

A solidão e a carência, muitas vezes deitam-me a baixo. E quando estou em baixo, escondo-me nos braços e cheiros dos filhotes, o único sítio neste mundo onde sei que tudo tenho e tudo consigo!

Mas quando consigo libertar-me, do que os outros pensam de mim e ponho um sorriso de mulher poderosa e tudo muda. Os olhares masculinos desejam-me, os femininos admiram-se por eu conseguir, ser ser íman de olhares e comentários. Quando me sinto poderosa nada interessa, as inseguranças desaparecem, as ansiedades diminuem, estou serena comigo mesma. Nada procuro e tudo acontece!

Dos homens já sei o que esperar, pois a baba deles não precisa de tradução, mesmo aqueles que noutras alturas nem reparam em mim. Das amigas do coração, sinto apoio e até incentivo para manter o meu sorriso e os meus olhares matadores. Das gajas, aquelas que só me procuram para sugar-me a energia, sinto a inveja delas. Mas hoje estou a viver o hoje, o ontem não me ocupa espaço no pensamento e o amanhã será o que acontecer. Preciso de momentos de loucura em tanta lucidez, para tirar a mãe da mulher. O vestido molda-me o corpo, sinto que os meus gestos são observados ao segundo. Olho sem olhar, sou olhada e desejada sem disfarce.

Mas sei que é só um vestido justo, que publicita as minhas formas...sei que é só um momento. Logo ao despir o vestido e antes de deitar-me, sei que a cama estará vazia de cheiros misturados e sons de prazer. Mas outros dias virão, até lá apenas tenho de ser eu própria e isso inclui aprender a não repetir erros. Sorri do medo dos meus desejos, mas afinal de contas o vestido não me transformou, apenas me empoderou. Sem o vestido volto a ser só mãe e todos os dias tenho de ser super mulher.

Os filhotes são a única prova, que sem vestido sou aceite tal como sou... Olhei para o vestido e gostei.
Quando gosto muito, sinto em mim, aquele olhar "de novo começo", depois de muitos olhares "eu não mereço ". Sinto ficar com olho brilhante de menina mulher, um sorriso que abraça, uma combinação ideal para momentos mágicos!
Ser mãe não pode impedir-me, que eu goste de ser desejada...mas com o tempo convenci-me disso! O vestido faz esquecer as vezes, em que pensei não ser desejável.

O salto alto eleva a minha autoestima, ao ponto de não ligar às dores que me causam nos pés e nas pernas...é o que faz andar sempre de calçado "confortável" tipo mamã!

O salto alto faz-me dominar de cima, deixando para trás o dia a dia, em que me resumo a ser mãe.

A solidão e a carência, muitas vezes deitam-me a baixo. E quando estou em baixo, escondo-me nos braços e cheiros dos filhotes, o único sítio neste mundo onde sei que tudo tenho e tudo consigo!
Mas quando consigo libertar-me, do que os outros pensam de mim e ponho um sorriso de mulher poderosa e tudo muda. Os olhares masculinos desejam-me, os femininos admiram-se por eu conseguir, ser ser íman de olhares e comentários.
Quando me sinto poderosa nada interessa, as inseguranças desaparecem, as ansiedades diminuem, estou serena comigo mesma. Nada procuro e tudo acontece!

Dos homens já sei o que esperar, pois a baba deles não precisa de tradução, mesmo aqueles que noutras alturas nem reparam em mim.

Das amigas do coração, sinto apoio e até incentivo para manter o meu sorriso e os meus olhares matadores.

Das gajas, aquelas que só me procuram para sugar-me a energia, sinto a inveja delas.

Mas hoje estou a viver o hoje, o ontem não me ocupa espaço no pensamento e o amanhã será o que acontecer.

Preciso de momentos de loucura em tanta lucidez, para tirar a mãe da mulher.

O vestido molda-me o corpo, sinto que os meus gestos são observados ao segundo.

Olho sem olhar, sou olhada e desejada sem disfarce.

Mas sei que é só um vestido justo, que publicita as minhas formas...sei que é só um momento.

Logo ao despir o vestido e antes de deitar-me, sei que a cama estará vazia de cheiros misturados e sons de prazer.

Mas outros dias virão, até lá apenas tenho de ser eu própria e isso inclui aprender a não repetir erros.

Sorri do medo dos meus desejos, mas afinal de contas o vestido não me transformou, apenas me empoderou.

Sem o vestido volto a ser só mãe e todos os dias tenho de ser super mulher.

Os filhotes são a única prova, que sem vestido sou aceite tal como sou...

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