Mulher
Ensinaram-nas a amar e elas passam a vida a ser fodidas!
E o pior é que elas acham-se mal fodidas!
Vivem relações que não as preenchem e que as enchem de mentiras, indiferenças, silêncios, abandonos e outras desilusões!
Mas ela decidiu virar tudo ao contrário!
Se é para ser fodida é ela que vai foder!
O seu atual companheiro fodia com ela sempre que ela fazia amor com ele!
Por isso farta de amar fodas fracas ela aventurou-se!
O sortudo que escolheu foi um persistente colega de trabalho que a provocava sempre que podia!
Ele olhava para ela como mulher e não como mãe ou mulher a dias como era vista lá por casa!
"Vais ter sorte se me obedeceres! Disse-lhe ela deixando-o a gaguejar!
Deitado na cama do motel, com as pernas a tremer, vazio de pensamentos, sem forças e esgotado de fluídos!
Foi como ele ficou no fim! Depois dela o ter fodido!
Ela tinha ameaçado e cumpriu!
"Hoje sou eu que vou foder-te até mais não me apetecer!" Disse-lhe ela a olhar olhos nos olhos!
O corpo dela sorria com uma confiança temporária, de ter fodido pela primeira vez sem amar!
Era mãe de filhos, tinha o corpo marcado pela vida, pneu aqui e celulite ali!
Tudo o que ela criticava em si foi desejado por ele!
Sempre se achou "não tão boa como as outras"!
Mas hoje sorria pois fodeu!
Surgiram na sua cabeça aqueles pensamentos habituais de "o que vão pensar de mim?!" mas ela mandou foder os pensamentos também!
Só tinha feito amor, nesta vida...sexo por sexo nunca!
Por isso sorria, pois afinal amor e sexo eram feitos de igual forma!
Só que tinha aprendido que foder era menos e fazer amor era mais!
A realidade tinha-lhe mostrado amores que a diminuiram e que quem fodia é que ficava sempre a ganhar!
Ali deitada na cama de um motel, olhando para o espelho do tecto, olhava-se e pela primeira vez sentia orgulho de si no papel de mulher!
Que medos estúpidos a fizeram refém das pessoas erradas?!
Medo de ser rejeitada, medo de não ser boa o suficiente, medo de não ser apreciada, medo que não tivesse um corpo danone, medo do que pensariam dela, medo de perder, medo das doenças, medo que fosse igual às situações do passado!
Sorria porque deixou os medos à porta do motel!
Sorria porque o macho que fodeu, estava com cara de quem gostou e repetia!
Sorria porque o seu corpo, venceu o cérebro!
Sorria porque a ejaculação não lhe meteu nojo ao ponto de ir a correr para a casa de banho lavar-se!
Sorria porque veio-se umas vezes atrás de outras sem sentir vergonha!
Sorria porque o sexo anal aconteceu e ela ainda estava viva!
O tal sexo anal que as amigas falavam que era mau e doloroso!
"Preferia morrer a ter uma coisa no cu, dizia a Maria de Lourdes sempre que falava de sexo anal!"
Agora sabe que as amigas falavam do que não viveram!
Apenas iam morrendo aos poucos por nada experimentarem!
Eram apenas boas mães (incluindo dos parceiros), bem comportadas, fiéis e boas esposas como tinham sido educadas a ser!
Voltou a sorrir porque olhou para ele e ele sorria de vencido deitado ao seu lado!
Não se sentia mais mulher mas sentia-se menos ignorante!
De repente pensou nos medos que tinha deixado à porta!
Estariam lá à sua espera na saída?!
O medo que tão bem conhecia das esperas!
Medo de ter o companheiro a espera-la para ser agressivo ou bruto com ela!
Aquela agressividade que os homens relativizam mas que usam para dominar!
Medo de ter a sua família a espera-la para a criticar como sempre, pois obedeciam mais ao padre da aldeia do que à felicidade!
Medo de ter os filhos a espera-la para cobrarem mais, mais e mais!
E aqui estava ela, a foder e sem cobranças!
O seu corpo da mulher ainda vibrava de prazer!
Sorria a pensar como tinha gostado do sexo oral!
De transformar moleza em dureza e assim a manter!
Imaginava mil vezes fazê-lo, mas sempre que o fez foi para satisfazer desejos alheios!
Hoje teve prazer por ser sua vontade e desejo!
Mas antes exigiu o que nunca tinha tido!
Sentir uma língua a ocupar o lugar tocado tantas e tantas vezes pelo seu dedo!
Prazeres de dedo fruto de solidão que a embalava na relação actual que tinha!
Um companheiro que ejaculava e dormia de seguida!
Nunca o seu clitóris tinha sentido o calor de uma boca!
Nunca o seu entrepernas tinha sido beijado, lambido, lambuzado, sugado, chupado e apreciado!
Sorria porque agora sabia que sentir uma língua no seu clitóris era o pico do poder de um mulher sobre um homem!
Lambe, chupa, lambuza, suga, alguma vez na vida se imaginou a dar estas ordens?!?!
Nunca!!!
Mas hoje deu ordens e foi obedecida!
Só de pensar nisso já estava outra vez a escorrer de desejo!
Estarei possuída?!
Estarei louca?!
De quem é este corpo que me faz sentir poderosa?!
Depois da reciprocidade das bocas nos seus sexos ambos desejaram a penetração!
O corpo dele ondulava no seu e comprimia-a contra a cama!
Que diferença entre este e os outros poucos corpos que teve!
O corpo deste parecia conhecer o seu corpo pois tocava em todos os pontos que ela desejava ser tocada!
Estar a ser montada e olhar para cima e ver a cara deste homem a babar-se, cheio de prazer era desconhecido para ela!
No amor que fazia eles deitavam-se em cima dela, enterravam a cara no pescoço dela e passado uns segundos abandonavam o local do crime! Crime de não a satisfazerem!
Os orgasmos foram tantos que o seu corpo parecia soluçar de tanto molhar!
"Agora quero mais de ti!" Disse-lhe ele ao ouvido enquanto a punha de ladinho!
Encaixou em si de tal forma que pareciam duas partes do mesmo todo!
Os orgasmos tinham-lhe dado tal dormência nas partes baixas que nem sentiu a entrada do sexo dele onde jamais algo tinha entrado!
Sentiu um calor a percorrer o seu corpo!
O prazer de ser tão desejada enlouquecia-a!
Afinal era possível ser mais do que tinha sido!
Um abrir do seu corpo para algo que ignorava!
Tudo junto fez com que ela tivesse tido o seu maior orgasmo até hoje!
Um orgasmo diferente dos poucos de jeito que tinha tido!
Um orgasmo mais físico, mais brusco, mais localizado!
Por detrás de si, agarrado às suas mamas ele tremia apertado entre as nádegas dela!
Nádegas que agora já não escondiam virgindade!
Quando ele a encheu, ela sentiu tudinho!
Jactos quentes que a fizeram gemer!
Durante o orgasmicar ele falou qualquer coisa no meu ouvido, mas ela só sentia os lábios dele a mexer e não o que ele dizia!
Toda ela estava concentrada apenas nela!
Tudo o que se passou a seguir só confirmou a boa decisão de o foder!
Repetiram e tudo se repetiu!
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