Não desvalorizem a potência da impotência!
Quantas vezes nos vemos impotentes?!
Quantas vezes queremos ajudar e não conseguimos?!
Quantas vezes queremos cuidar e não nos deixam?!
Quantas vezes queremos amar e nos afastam?!
Quantas vezes queremos ensinar e não nos valorizam?!
A impotência começa a ser sentida quando temos de desistir!
Desistir não por nós, mas porque os outros já desistiram!
O que mais se vê são situações, em que queremos intervir mas reconhecemos a nossa impotência!
São guerras sem sentido, que nos deixam impotentes!
São pandemias premeditadas, que nos deixam impotentes!
São crises provocadas, que nos deixam impotentes!
São tempos em que vemos a humanidade a caminhar para o abismo e nos deixam impotentes!
Mas não pensem que a nossa impotência só cresce com situações em macro!
No micro as impotências estão lá também!
São os filhos, que querem fazer tudo à maneira deles, deixando-nos impotentes!
São colegas e chefes no trabalho que tudo fazem para nada funcionar, deixando-nos impotentes!
São amigos e amigas a cometerem sempre os mesmos erros, deixando-os impotentes porque nunca ouvem o que lhes dizemos!
São maridos e esposas, que usam as relações como se fossem estações de serviço, onde só param e investem de X em X tempo, deixando-nos impotentes!
São maridos impotentes, que não levantam a sua masculinidade na cama, mas que são os maiores fora dela, deixando-nos impotentes!
São esposas que fecham as pernas mentalmente, abrindo-as fisicamente só para os maridos descarregarem à noite para não andarem a chatear durante o dia, deixando-nos impotentes!
São pais e mães idosos que depois de vidas a chatear, menosprezar, arreliar, provocar, prejudicar e a não amar, agora querem ser cuidados, deixando-nos impotentes!
Somos nós próprios que nos vemos engordar, enrrugar, envelhecer, amargar, imbecilizar, sem nenhuma potência para o contrariar!
É a impotência de ouvir notícias inesperadas depois de exames médicos, dizendo que o nosso prazo para morrer diminuiu!
É a impotência de sabermos que ultrapassamos todos os nossos limites voluntariamente e que as consequências irão chegar!
Na prática andamos a dar guarida à impotência para ela atingir o seu potencial!
Estamos impotentes ao ponto de pensar que somos reféns dela!
Mas nós não somos reféns da impotência!
Perante a impotência de nada podermos mudar nos outros, devemos assumir que temos de saber parar!
Perante a impotência de vermos a nossa ajuda desvalorizada, devemos deixar as pessoas aprender e falhar!
Perante maridos e esposas impotentes, devemos impor que ou procuramos ajuda ou eles que se fodam!
Perante a impotência de não cuidarmos de nós temos que pedir ajuda!
A impotência não pode continuar a ser uma forma de nos penalizarmos!
Se sentimos impotência de não podermos fazer nada pelos outros, assumam e não façam!
Passamos vidas a pensar que a culpa é nossa quando a nossa impotência é potenciada pelos outros!
Nascemos com todo o potencial e a vida vai deixando-nos impotentes!
Temos apenas de encontrar o nosso potencial e não deixar que os outros nos façam sentir impotentes...