O Nosso Valor
Nascemos sem saber o nosso valor!
Vimos vazios e enchem-nos, de acreditares que não são os nossos!
Somos uma tela em branco, onde quem pensa saber pintar, pinta!
E acreditamos que quem nos pinta, sabe o que é arte!
E é desse erro, que partimos para viver a nossa vida!
Cheios de morais dos outros, de inseguranças alheias e de traumas que não são os nossos!
E no meio disto tudo, querem que sejamos iguais aos nossos pais, pois eles "é que sabem!"!
Até que olhamos para os nossos pais e vemos no olhar deles, que eles pouco sabem!
Andam a tentar ser felizes e a fingir saber educar!
Aprenderam com os pais deles e com as suas experiências de vida e por isso agora ensina-nos a sermos iguais a eles!
Nesta altura da nossa ainda tenra vida, a vida começa a parecer uma fábrica de salsichas, em que todos temos de ser iguais!
É a sociedade a pedir mais pessoas obedientes, pois muitos pobres têm de continuar a suportar os poucos ricos!
É a religião a pedir mais pessoas crentes ou seja, que tudo ouçam mas nada ponham em causa!
São as escolas cheias de professores(as) insatisfeitos(as) com as suas vidas e que usam os alunos(as) como psicoterapia!
São as empresas que trucidam tudo e todos, pois o mais importante é o lucro!
São os sindicatos que nasceram com o único objectivo de mamar em tetas alheias!
E a vida assim acontece, para quem nasceu à pouco tempo e deveria aprender a ser feliz!
Na realidade ensinam-nos a não sermos felizes!
"Se nós não fomos, tu não podes ser!" parece ser o lema!
A maioria das pessoas, sai da tal linha de produção da fábrica e vive a sua vida inteira a ser digerida e cagada, pelos outros!
No meio disto tudo, safa-se quem mais coisas puser em causa!
Quem mais perguntar, quem mais contestar, quem mais desobedecer e quem mais errar é quem consegue fugir da linha de produção em série!
E é nesse momento, que sentimos começar a viver a nossa vida!
Com muita aprendizagem errada, começamos a tentar ser alguém diferente das outras pessoas!
E cada de nós tenta fugir de todos para se encontrar!
Houve tempos, em que eu pensava ser o maior, mesmo sem nenhum conteúdo!
Sem conteúdo, vivemos a competir pois o que interessa é apenas ganhar!
Levamos muito tempo a esquecer os vícios dos ensinamentos que recebemos de fábrica!
Percebemos que quando só queremos ganhar, ficamos apenas mais vazios!
Tudo ganhamos mas a nada damos valor!
Passamos a ter mais e mais, quando nos sentimos menos e menos!
Depois vamos ganhando conteúdo e percebendo que não precisamos viver a competir!
Não precisamos ser os melhores, mas sim não sermos os piores!
E assim passamos a competir connosco próprios, para sermos melhores do que éramos!
A felicidade, começa neste preciso ponto em que queremos ser melhores, do que já fomos!
Hoje em dia, já vivo com a lição de que sou mais feliz, a ser simplesmente eu!
Nem melhor nem pior que as outras pessoas, apenas único!
E quem é único não sente a necessidade de ser valorizado, avaliado, quantificado ou validado pelas outras pessoas!
Ser único tem a vantagem da boa anormalidade, de sermos e fazermos a diferença!
Igual a mim, só haveria quem tivesse vivido o que eu vivi!
E acreditem, que ninguém teria a coragem para cometer tantos dos erros, como eu cometi!
Mas foram esses erros, que fazem de mim o que sou!
Por isso sejam todos os vossos defeitos, para os melhorarem!
Por isso sejam todas as vossas qualidades, para as manter!
Sejam os vossos medos, para os ultrapassar!
Porque depois do medo, vive a vossa felicidade!
No fim, vimos do nada e para lá voltaremos!
E nada podemos levar, a não ser sentirmos que tivemos a coragem de viver!
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