Filhos
Filhos, são amor sem o The End!
Aprendi o amor, ao ver nascer os meus filhos!
O amor só tem sentido, se deixármos cá o melhor de nós!
E os nossos filhos, são o melhor de nós!
Mete-me medo saber que um dia, eles não me terão para os defender, nesse que será o seu futuro.
O meu medo não é sentido, por pensar que eles não saberão desenvencilhar-se sozinhos!
O que me mete medo, é não ter hoje e
enquanto eles precisarem, a capacidade de os ensinar a defenderem-se.
Terei eu o tempo e a sabedoria para ensiná-los, para que este mundo não se meta muito com eles, no futuro?
Engraçado, ser eu a pensar no que estou a escrever, quando muitas vezes penso e sinto que ainda não aprendi quase nada, nesta vida.
Mas penso! E tenho medo de pela primeira vez na minha vida, pensar que as consequências dos meus actos, ou falta deles possam fazer sofrer aqueles, a quem eu desejo tudo nesta vida.
Poderei eu ensinar-lhes, que muitas vezes os obstáculos, podem ser ultrapassados resolvendo hoje, os problemas mais que certos de amanhã?
Quererão eles aprender tudo o que eu tenho para lhes ensinar?
Pior ainda, será que tenho eu a certeza do que estou a ensinar-lhes?
Se hoje eu digo, algo que faça sentido, é porque ontem tive de aprender da maneira mais difícil, o que faz realmente sentido.
Queria muito ensinar-lhes, mas quero ao mesmo tempo que eles questionem o que estão a aprender!
Terei a paciência necessária para ser questionado?
Verei com bons olhos, aqueles que tudo vão receber de mim, começarem a pensar que chegou o momento de deixarem de aprender, comigo?
E quando eles decidirem, que terceiros nesta vida, terão mais sabedoria do que aquele que agora tem, medo?
Saberei eu lidar com esse ultrapassar de pessoa privilegiada que sou para eles, para
pessoa mais velha, que se calhar não tem toda a razão?
Mas se eu agora mesmo, estou a questionar a minha sabedoria, poderei levar-lhes a mal terem a mesma dúvida?
No fundo sei que eles, vão sempre ver-me como aquele que os ama!
Mas poderei eu contentar-me só, com essa visão?
Apenas sei que os vou amar, tal e qual como eles serão!
Sinto que mesmo nos erros, estarei lá para os ajudar a limparem a testa, e voltarem a tentar outro e outro, dos muitos erros que lhes estão destinados.
A vida são erros que temos de aprender a corrigir!
Quem não corrige erros, reprova! E passa a vida a repetir, até aprender!
Vou ficar triste, por não poder cometer nesta minha vida, todos os meus erros e uma grande parte dos deles, por eles!
Poderei eu, ainda cá nesta vida fazer algo, mais do que assistir ao percurso deles, sem ser interveniente directo?
Vou conseguir, ver eles a cometerem erros e a acharem que eles é que sabem?!
Se estiverem a ler este escrito, meus filhos, lembrem-se que eu tenho dúvidas, mas irei repetir, todos os erros várias vezes, aprendendo com isso, para que vocês depois terem o caminho mais facilitado.
Não vos quero só em caminhos facilitados, mas quero-vos em caminhos seguros!
Se um dia os vossos lindos olhos, passarem por estas letras lembrem-se que neste dia, o vosso pai estava a pensar, no que um dia vai poder dar-vos, nem que seja um caminho mais fácil!
Sorriam nesta vida, pois nasceram com esse destino, meus amados filhos!
Uma noite há muito tempo, desejei que vocês existissem e tudo o que se passou a seguir, nada mais não foi do que seguir esse destino pelo melhor caminho.
Vocês são mais do que pensei que fossem, apesar de ainda serem agora, menos do que serão um dia!
Sou vosso pai porque vos dei vida, mas acima de tudo, quero ser vosso pai por vos admirar e conhecer as pessoas belas que serão um dia.
Não serão uma cópia de mim, mas sim uma cópia do que aprenderem!
A única coisa que vos peço meus filhos, é que nunca fiquem parados à espera, mas movimentem-se com a agilidade, de quem sabe que parar é perder algo.
Parados somos, vida à espera do buraco!
E um dia saberão mais do que eu, e eu vou gostar.
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