O Toque
O toque dele, arretesou-a!! Uma mistura de arrepio, com tesão! O seu corpo, não era virgem de toque, mas nunca tinha sentido o seu corpo, pedir tanta entrega! Parecia, que o seu corpo na entrega, a tinha abandonado! Passou a ser corpo, dedicado aos prazeres dele! O seu corpo, já tinha vivido loucuras, mas desta vez endoideceu! Pela primeira vez, deixou-se ir, sem medo de se vir! Ele agarrou-a e fê-la refém dos seus desejos, mas ao mesmo tempo libertou-a! O beijo dele soube a pouco, mas a sua boca ficou a saber a muito! A boca dele, não só pediu o seu corpo, como o reclamou como seu, naquele momento! Ela sabia ser obediente, apesar de nos últimos anos, não obedecer a nada nem ninguém! Optou por ser do contra! Inclusive contra ela própria! Deitada na cama, em modo pós múltiplos, ela chorava com tanta entrega! Estava a descarregar agora, as tensões acumuladas e as tesões que se negava ter! A última vez, que tinha estado com um homem, fazia tempo demais! Tanto tempo que ela, já tinha decidido ficar sozinha! Sozinha porque, assim ninguém a usava e deitava fora! Hoje, não sentia que tinha sido deitada fora, apesar dele já ter ido embora! E o uso e abuso dele, do corpo dela tinha sido um real prazer! Ali deitada, sentia o corpo dormente atropelado por ele! Ainda sentia o peso dele, em cima de si! Ainda o sentia entre as suas pernas, de tanto o ter montado! Sentia o dorido das pernas, escachadas! A sua boca tremelicava, os bicos das suas mamas estavam duros como o pénis dele, o seu entre pernas ardia de tanto fogo e o seu ânus estava embasbacado! Minha nossa! Tinha dado o cu e gostado! Agora, pensava na sua entrega total e sentia vergonha! Aquela vergonha, que sempre lhe dizia para não fazer nada! Aquela vergonha, que afastava da sua vida, o viver! Agora, era vergonha de ser adulta e não ter antes experimentado estes prazeres! Prazeres que ela julgava, doridos e porcos! Prazeres que não consentia a ninguém! Agora sabia o que a Ana, a sua amiga mais louca, falava quando dizia que na loucura entregava-se e até dava o cu! Ela ficava chocada com o que ouvia, mas agora sabia do que ela falava! A Ana falava do que vivia, enquanto quem a ouvia convencia-se com medos, para não viver! Agora sabia que os medos que tinha e as inseguranças que alimentava, eram apenas desculpas, para não viver! Agora, ali deitada perguntava se antes tinha vivido, a vida! Como podia viver, se aprendeu a fugir, a recusar e a criticar o que não experimentava?! Tinha aprendido a convencer-se, que o importante era ser o que esperavam dela! Tudo a chocava!Tudo a fazia, ter nojo!Tudo a impedia de viver! Ela achava que a Ana era louca, mas agora sabia que loucos, são quem não vive! Agora estava deitada na cama, nua e sem a vergonha que geralmente, tinha do seu corpo! Ele não lhe tirou a vergonha, mas em vez disso ensinou-a a ter orgulho de si! A boca dele beijou-a, em todos os centímetros do seu corpo! Não havia defeito, por conhecer ou beijar! A língua dele, saboreou todos os seus suores e humidades! A língua dele, descobriu até o sinal, que ela tinha entre a vagina e o ânus! Era o seu sinal, mais íntimo e secreto! Os ouvidos dele, estiveram atentos a todos os seus sons, gemidos e gritos! Gritos!!!! Ela que se remetia ao silêncio sempre no sexo! Gemer, gemem as mulheres da vida tinha aprendido, ela! Agora sentia vida a mais, para não gemer! Ela, que fora da cama dizia ser independente, mas na cama virava sempre submissa! Nada falava, nada dizia e por isso nada exigia! Mas ele, conseguiu olhar para ela e ver tudo o que ela, tinha para dar! Os olhos dele, olharam para o seu corpo com tal desejo, que ela agora não tinha razões para ter vergonha dele! Agora sentia-se poderosa, cheia de desejos satisfeitos! Estava, também cheia dele, dentro dela! Quando ele esguichou dentro dela, o quente dele derreteu-a! Sentia-se a transbordar literalmente, dos esguichos dele! Ele a tremer em cima de si, foi o abanão que ela precisava para acordar para a vida! Estava orgulhosa do prazer que lhe proporcionou! Agora deitada na cama, deliciava-se a recordar estar de quatro, com ele agarrado às suas ancas, a penetrá-la em profundidade! Os seus vazios foram, todos preenchidos! Nunca tinha sentido tal prazer, naquela posição! Antes dele, a posição que tinha, é que já não queria ter mais sexo, com nenhum homem! Estava farta de sofrer, por dar demais! Estava farta de sofrer, por receber de menos! Agora deitada na cama, sabia que tinha recebido mais do que deu! E deu tanto mas tanto, que pensou ter sobrado pouco dela, no fim! Agora deitada na cama, ainda a escorrer entre pernas, sentiu-se fêmea! Antes sentia-se pouco mulher, pois permitia que os homens partissem e a deixassem sempre a pensar que não servia, para eles ficarem! Este homem conseguiu, partir e deixá-la a pensar que nada ficou por dar! Este homem, tirou dela o melhor dela! Entre lágrimas de alegria, sorria por ter fechado um ciclo! Agora sabia que tinha vivido em ciclos, deficitários! Hoje, fez contas com o passado e pela primeira vez, ganhou! E lembrou-se da Ana! Da Ana que dizia, ser feliz por ser louca! Da Ana que vivia bem, sendo diferente! Hoje percebeu, essa loucura na pele e na alma! Deitada na cama, percebeu que afinal também podia ser, uma Ana! Bastou para isso, perder o medo e entregar-se, em vez de entregar-se aos medos!
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