Pode-se morrer de prazer?!
Eu olhava para o corpo estendido no chão.
Na penumbra, sem roupa, sem movimento, apenas as sombras pousavam no corpo dela.
Nem quero acreditar que sou culpado dela estar assim inerte.
Momentos antes o mesmo corpo estava louco de tesão, cheio de tremuras e espasmos arrepiantes.
E de repente parou e ali está!
Uns copos, muita loucura e agora aqui estou eu neste quarto de motel a olhar para o corpo dela no chão.
O mesmo corpo que há umas horas atrás me atraiu no bar com as suas formas desejáveis.
Ela sabia o poder que tinha e usou-o!
Quis ser usada mas antes escolheu quem a ia usar.
Tão cheia de vida, tão à procura de loucura, tão sequiosa de prazer.
Eu nunca tinha estado na situação de ser seduzido.
Nunca tinha sido abordado tão abertamente com uma proposta de sexo.
Agora no quarto a olhar para ela sinto que tudo se precipitou!
Loucura a mais, tesão demais, limites ultrapassados e o resultado é agora estar a olhar para ela imóvel sem saber o que fazer.
Porque acedi aos pedidos dela?!
Rasgar-lhe a roupa, domina-la e fazê-la gemer eram pedidos perigosos.
Soou a pornografia e quando a pornografia é desejo da mulher parece ser mais realidade.
Foram desejos tão premeditados que eu apenas obedeci!
Quando lhe arranquei a blusa ela ainda me desafiou mais!
"É bom que sejas mais bruto ou nem me fodes!"
A partir dali tudo escalou, mas ela gemeu mais do que falou!
O corpo dela parecia disposto a tudo.
"Hoje não digo não a nada desde que me digas sim a tudo!"
O que haveria eu de fazer?!
Um gajo vê nos filmes estas cenas mas nunca imagina que elas se tornam reais.
Uma mulher a dizer-nos na cara que nos escolheu para fazermos dela o que quisermos, faz-nos ficar engasgados.
"Leva-me para um motel e faz de mim o que quiseres!"
Um gajo até fica na dúvida se consegue satisfazer uma mulher assim.
Mas ainda no carro a caminho do motel ela meteu as mãos no meio das minhas pernas e tirou-me as dúvidas.
"Uauuu vou adorar sentir esta dureza toda dentro de mim!"
E pensava eu que sabia controlar as situações.
Ela era mestre em conseguir o que queria.
Vê-la agora estendida no chão fazia-me perguntar a mim próprio se tinha valido a pena ter aceite ser usado.
Quem ia acreditar em mim se eu contasse isto?!
Nem eu próprio acredito que fui escolhido.
Mal entrámos no quarto ela disse logo o que queria.
Nem deixou margem para eu questionar o porquê de ter sido escolhido.
"Quero que me rasgues a roupa, quero ser dominada, quero sentir o meu corpo agarrado, quero que sejas vigoroso...bruto percebes?!"
Tinha de dar asneira não era?
Que faço agora?!
Olho para o corpo dela e vejo marcas!
Foda-se que fui fazer?!
Na realidade fiz o que ela me pediu, mas agora vendo-a ali estendida vejo na pele dela as marcas do nosso sexo agressivo.
Foi tal a vontade de lhe obedecer que nem pensei...fiz!
Nem tive a noção que ela ia ficar com marcas!
Agora essas marcas estão caladas e não falam se forem desejadas.
"Estás a ser muito meigo dizia ela sempre que gemia menos!"
E eu aumentava a força e intensidade da penetração, do agarranço e das mordidelas e chupadelas.
Olho e vejo as minhas mãos marcadas na pele das ancas dela.
Louca como ela estava tive mesmo de a agarrar forte nas ancas.
De quatro e virada para o espelho ela pediu um desejo tipo ordem!
"Penetra-me devagarinho e fundo até me fazeres gemer!Só páras quando eu desfalecer!"
Eu olhava para nós nos espelho e via desejos em sintonia.
"Deixa-te lá de meiguices e fode-me como se fosse a última vez!"
Agora a olhar para o corpo dela estendido no chão ganho consciência que jamais vou ter a oportunidade de a foder outra vez.
Recordo a conversa no bar.
"Vou dar-te só uma oportunidade de fazeres o que quiseres comigo!Aproveita porque não vais repetir!"
Foi isso que me deixou louco!
Um desafio onde no final a minha insatisfação era não poder repetir.
Obedeci aos seus desejos sem pensar!
Ela sabia o que queria e disse-o sem problemas!
O que faço agora ao vê-la estendida no chão sem roupas e com marcas?!
Nem sei se a ponho em cima da cama ou a deixo onde está.
O meu cérebro está a mil mas não pensa.
Olho à volta e vejo a roupa dela rasgada.
A minha roupa desapareceu tão depressa que nem a vejo.
Ela tratou o meu corpo como se fosse a primeira e última vez que me ia ter.
Mordeu-me!Tenho as marcas que o provam!
Tenho chupões que também mostram a violência que a boca dela trouxe ao meu corpo.
Até tenho arranhões nas costas dela ter-se vindo tanto que parecia que me queria dentro dela de tal forma que depois tinha que me parir.
"Penetra-me onde quiseres pois não vais ter outra oportunidade!"
Nunca tinha sido fodido assim por nenhuma mulher.
As ameaças dela soavam a verdade por isso penetrei em todo o lado.
Ela gemia de prazer e dor tudo misturado!
"Se páras estás fodido comigo!"
E eu não parei!
Agora vê-la estendida no chão faz-me pensar que ela exigiu demais!
Quis demais e tudo em pouco tempo!
Parecia até que se estava a vingar.
Eu apenas fui a maneira dela se vingar.
E agora o que eu faço?!
Olho para as horas e apesar de o meu cérebro estar a mil ainda só passaram quinze minutos desde que ela desfaleceu.
O tempo passa devagar quando pensamos depressa.
Pensa!
O que faço?
Decidi pôr o corpo dela na cama pois ela estendida no chão dava ar de abandonada.
Sei lá!
Já nem penso direito!
Está decidido!
Vou pô-la na cama!
Pus o corpo dela ao colo e senti o seu perfume a invadir-me.
Pousei-a e no toque do corpo dela com a cama ela acordou e disse-me...
"Foste o desejo que eu precisei realizar!Leva-me ao meu carro e eu deixo-te seguir a tua vida!"
P.S.: Não se morre de prazer mas podemos ter prazer até morrer...