Súbitos múltiplos, tão desejados!
Súbitos múltiplos, tão desejados!
Quando as mãos dele lhe tocou, a cabeça dela fez filmes!
Ela admirou-se, por a cabeça dela fazer filmes, pois já tinha a bilheteira fechada, há muito tempo!
O corpo reagiu e ela começou, a tremer em grau sete de Richter!
Soaram os avisos de tsunami entre pernas e ela via-se pronta, a ser socorrida!
A boca dele percorria-a, mas não era para manobras de ressuscitamento!
Ela sentia todo o seu corpo, a quase morrer de prazer!
As mãos dele encontraram, os seus pontos fracos!
Ela sabia que de momento, não tinha nenhum ponto forte!
O seu corpo, abandonava o seu cérebro e buscava o prazer, pelo prazer!
Ela gemia contrariada, pois tinha auto imposto, que quem mandava era o cérebro!
Mas o cérebro estava em erro e tudo era feito sem pensar!
O cérebro pensava que eram favas contadas e que o corpo iria obedecer para sempre!
Mas ele soube parar o para sempre e fazer acontecer o agora!
A boca dele, parou perto do pescoço dela e sussurrou qualquer coisa, que ela não entendeu!
Mas como, não entendia nada do que estava a passar-se com o corpo dela , deixou andar!
O cérebro, bem queria por ordem na casa!
"Olha o que vão pensar de ti!"
"Não sejas mais uma, que não pensa!"
"Fecha as pernas e a boca, senão isto vai piorar!"
"Ele só quer despoletar a puta que há em ti!"
"Vai usar-te bem usada e deitar-te fora!"
"Vais engravidar e ficar sozinha com os filhos!"
Ela ouvia, o cérebro a avisar e gemia de prazer!
Foi muito tempo, a construir argumentos lógicos para não sofrer, outra vez!
Foi muito tempo, a ser menina bem comportada, tal como esperavam que ela fosse!
Foi muito tempo, a fechar as pernas ao prazer!
Foi muito tempo, a falar para quem não queria ouvir!
Agora tinha-se abandonado, ao "foda-se!"
Não queria saber, o que o cérebro dizia pois o que sentia, era bom demais!
Aliás, dava consigo a pensar que nos últimos tempos, na sua vida não existia o bom demais!
Tudo o que era bom demais ou engordava ou fazia-a sofrer depois!
Neste momento, não sofria por isso não estava a pensar no depois!
Neste momento, o prazer era tanto que ela já só pensava nos múltiplos, que todas a gente falava!
Nos últimos tempos, só tinha tido múltiplos em problemas ou múltiplas preocupações!
Agora queria prazeres múltiplos, pois o corpo estava a ter prazer com ele e não via jeitos de o fazer parar!
Os boca dele, chegou ao entre pernas dela e o gemitório ganhou ritmo!
A língua dele descobria-a, com fome de conhecimento!
As mãos dela, agarraram a cabeça que tinha entre pernas e pedia mais prazer!
A última vez, que tinha tido uma cabeça entre pernas, tinha sido quando pariu!
O corpo torcia-se, mas não vergava!
Os orgasmos eram tantos, que já podiam ser dispostos por ordem alfabética!
Explodiu de tal maneira, que mais parecia uma panela de pressão a rebentar!
Estava entupida de coisas não ditas e de orgasmos por acontecer!
Fazia muito tempo, que o seu corpo fingia que não precisava de sexo!
Fazia muito tempo, que os seus prazeres apenas passavam, pelos doces ou malhar no ginásio!
Mas agora sabia, que o que precisava mesmo era deste malhanço!
Ele penetrou-a e ela sentiu-se a entrar em transe!
Não sentia, os pés nem as mãos de tanto estar focada, naquele entrar e sair de si!
Ele provocava, aqui e ali com umas paragens, mas ela gemia por mais!
O suor dos dois, procurava a mistura perfeita!
Nas bocas deles, apenas se ouvia monossílabos tipo a..., dá, e..., o..., céu!
Quando chegou a vez dele gemer, ela sentiu o corpo tremer e dentro de si sentiu o quente a invadi-la!
O tremer dele, parecia código morse a pedir ajuda!
Ela não se veio ao mesmo tempo, pois tinha-se vindo antes muito e agora ao sentir o quente, veio-se novamente!
De repente, a realidade ganhou vida e depois dos dois se virem, foram-se!
Regressaram às suas vidas, onde apenas tremiam de frio ou de nervoso!
Até o "liga-me" soou a despedida!
Mas ela sabia, que o corpo dela ia lembrar-se dele, para sempre!
E vaidosa pensou que ele, não ia encontrar outra como ela!
Perdemos momentos felizes porque queremos felicidade para sempre e não damos atenção a momentos fugazes felizes, que temos ou podíamos ter!
A vida não são dois dias, mas sim a repetição de dias demais!
Se não enchermos a vida com vida, a vida enche-nos a vida com vazios cheios de repetições!
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